domingo, 16 de dezembro de 2012

A importância da família na educação da criança.




       
            Hoje, a escola assume funções outrora reservadas à instituição familiar, não conseguindo suportar tantas atribuições. Muitas famílias delegam à escola toda a educação dos filhos, desde o ensino das disciplinas específicas até a educação de valores, a formação do caráter, além da carência afetiva que muitas crianças trazem de casa, esperando que o professor supra essa necessidade. A ausência dos pais na escola ou o não acompanhamento do desempenho escolar do filho já se tornou tema de discussão nas reuniões pedagógicas, docentes e administrativas e tem se tornado aspecto relevante e até decisivo para o progresso ou não dos alunos.
            Em virtude disso, há a necessidade da parceria entre família e escola. Para que a parceria dê certo é preciso que haja respeito mútuo, o que favorece a confiança e demonstra competência de ambas as partes.
           Tiba (2002, p.183) afirma que “[...] quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não joga a escola contra os pais e vice-versa [...]”.   É possível se pensar em algumas ações, tais como:

  • Período
    Ações

    Bimestral
    *Palestra sobre a temática.
    É sugerido que seja um encontro dinâmico de forma que envolva os pais em uma atividade prazerosa e que gere frutos. Neste momento será proposto assistir um filme que aborde a temática em questão e que logo depois seja proporcionado um momento de socialização e discussão sobre o assunto, onde todos possam se responsabilizar pela aprendizagem dos alunos. Esta atividade deve ser realizada por turma de modo que os resultados esperados sejam devidamente alcançados.


    Bimestral
    *Promover um encontro antes do conselho docente, pelo menos um mês antes, a fim de juntamente com os pais verificar quais ações ainda podem ser investidas visando à melhoria de aprendizagem do alunado (pré-conselho). Nestes encontros, é fundamental que se analisem documentos que indiquem os avanços e as dificuldades dos alunos, como os portfólios dos alunos, produções, diários de classe e relatórios. Para o cumprimento dos devidos fins, é importante que este movimento seja realizado por turma ou por ano, de modo que sejam pequenos grupos.




    Semanalmente


    *Visitas domiciliares.
    Estas devem acontecer semanalmente. Tanto diretores escolares, quanto coordenador pedagógicos devem juntos, programar em suas agendas mensais dias alternados para realizarem visitas domiciliares com a finalidade de procurar a família para conversar, orientar, buscar informações a respeito da criança e de certa forma envolve-la no acompanhamento dos filhos. Estas devem acontecer principalmente com as famílias mais ausentes e crianças que necessitam de maior atenção.


    Bimestral


    *O dia dos pais na escola.
    Este dia será direcionado a tarefas em que os pais vão está presentes na escola. Deverá ser organizada uma espécie de gincana contendo atividades em que a criança juntamente com seu responsável realizarão juntas os comandos. De modo que tanto a criança quanto o responsável sintam-se bem com o trabalho em conjunto.














"O ambiente escolar deve ser de uma instituição que complemente o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores de afetos. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno".
Icami Tiba


Memorial da formação leitora

Memorial: Formação leitora
Por Robélia de Oliveira Santos

Minhas recordações de infância trazem a imagem do primeiro dia de aula. Fiquei muito ansiosa pensando como seria minha vida a partir daquele momento tão esperado. Não passei pela educação infantil, pois a minha idade não permitia e também em comunidades rurais não existia. As crianças tinham o primeiro contato com a leitura com seus familiares. A escola era muito distante de minha casa. Não era bem uma escola, mas uma casa normal, simples. Não tinha banheiro. Sentávamos em bancos de madeira e muitas vezes não tinha lugar para todos.

A educação na zona rural
           
Eu já tinha mais ou menos uns dez anos de idade quando comecei a frequentar a escola, pois morava na zona rural e tudo lá era muito difícil. A professora não tinha uma formação, ou seja, não tinha o curso do magistério, mas mesmo assim aprendi a fazer meu nome, ler as lições naquelas enormes cartilhas. Era uma grande satisfação dar a lição no final da aula. Os livros como de contos, fábulas e outros gêneros não existiam. Lia alguns contos nos próprios livros didáticos, às vezes um mesmo conto era lido várias vezes.
             Em função da precariedade mudei de escola, após dois anos, indo cursar a 2ª série em outra escola. Durante os primeiros meses as atividades eram difíceis, pois ainda não sabia ler com autonomia, mas no decorrer do ano fui melhorando, a vontade de aprender a ler era muito grande. Quando ouvia minha avó ler os romances (cordel), ficava horas pensando: “será que um dia vou aprender a ler como minha avó?” Ainda me recordo de alguns cordéis como: Zezinho e Mariquinha, Pavão misterioso e coco verde e melancia.
            Naquela época por morar na zona rural e fazer parte de uma família de poucos leitores, ouvia poucas leituras feitas apenas pela minha avó e os únicos livros que tinha contato eram as cartilhas, literatura de cordel e os livros didáticos, que naquela época eram comprados.
            A leitura era a minha única diversão, e que muitas vezes ao ouvir, me sentia feliz e sonhava em um dia poder ler para outras pessoas. Havia momentos que ficava lendo o rótulo das embalagens, e até hoje ainda não esqueci, do óleo salada, cajuada e etc.
            Ainda na zona rural, conclui a 4º série na Escola Municipal Antônio Carlos Magalhães. Lembro-me de que foi a primeira escola de verdade que frequentei. Tinha uma boa estrutura: duas salas de aulas, cantina e banheiro. Foi nesta escola que encontrei a primeira professora com formação em magistério, a partir daí as coisas foram melhorando, eu lia, escrevia, entre outros. O meu maior contato com a leitura era com os livros didáticos: Língua portuguesa - Brincando com as palavras; Matemática - Brincando com os números e Ainda Brincando, um livro integrado com as outras disciplinas.

De volta à escola

            Como na zona rural naquela época só era permitido estudar até a 4º série, acabei interrompendo meus estudos, retomando alguns anos depois, já maior de idade, casada e com filhos. Já morando na cidade, matriculei-me no noturno, fazia duas séries em um ano. Foi nesta etapa de minha que tive mais contato com a leitura, pois precisava me adaptar às obrigações familiares e escolares. Tive a oportunidade de ler vários livros, um dos que me lembro de ter lido nesse período foi ‘O rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda’.

Formação acadêmica

Por incentivo de alguns professores entrei no magistério (curso normal) com duração de quatro anos. Durante o ensino médio fiz a leitura de alguns romances, como A Moreninha, Vidas secas, Dom Casmurro entre outros.
Após cursar o magistério comecei a exercer a profissão de professora, mas não parei por aí, dei continuidade a minha profissão, pois atualmente é preciso que os professores tenham nível superior, então resolvi encarar realidade e me inscrevi no vestibular e posteriormente me matriculei na faculdade. Durante o período da faculdade leituras passaram a ser indispensáveis para um bom desempenho profissional, pois o curso de pedagogia requer constante atualização.
A formação acadêmica está contribuindo e muito para repensá-lo na prática pedagógica. Após ter vivenciado algumas leituras, hoje vejo que os conceitos não podem e nem devem ser trabalhados de forma estática (dissociados do contexto). Esses devem sempre levar à reflexão e formação, e, a pesquisa é uma das ferramentas para propiciar essa formação.
Com a vivência acadêmica, surge uma maneira diferente de ver o ler e escrever. Proporcionou-me o contato com a pesquisa e com todo aparelho teórico, percebi a intrincada rede de relações que envolvem um acontecimento discursivo e justificando a unidade e a integração das teorias numa reflexão sobre o funcionamento da linguagem em geral.
Na formação acadêmica, o contato com teóricos consagrados tanto da literatura quanto da linguística consolidou e enriqueceu o meu repertório. Agora me dou conta do quanto é importante à leitura em nossas vidas, os conhecimentos que podemos adquirir e entre tantas outras coisas boas que ela pode nos proporcionar. Percebi que através dela posso e vou me tornar um bom profissional, com poder de argumentação para enfrentar os obstáculos do dia a dia em minha carreira. Desse modo, me dou conta do quanto é importante ser um leitor, percebendo os valores e vantagens que a leitura atribui em minha vida.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A Educação na vida do cidadão

                                                                   A Educação na vida do cidadão
        A educação se constitui como direito fundamental e essencial ao ser humano e diversos são os documentos que corroboram com tal afirmação. A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, afirma que “é direito de todo ser humano o acesso à educação básica”, assim como a Declaração Universal dos Direitos Humanos que estabelece que “toda pessoa tem direito à educação”.
   Para esta finalidade, é importante que nós, profissionais da educação, estejamos sempre buscando novas possibilidades, novos caminhos para alcançar a educação que tanto almejamos. 
    Da mesma maneira, Bordoni (2008) defende que uma pessoa é competente quando busca, utiliza e tem recursos para realizar bem determinada tarefa, ou seja, deve ter e saber utilizar as habilidades para resolver uma situação complexa.
        Para atender as reais necessidades dos alunos criando situações reais de aprendizagem, é necessária uma instituição que se articule efetivamente com os pais, com a comunidade, que incorpore os saberes dela, que preste melhores serviços. É importante despertar no aluno a vontade de dedicar o maior tempo possível a atividades de aprendizagem, fazendo uso intensivo das oportunidades de ensino que lhe são oferecidas. Isto evidencia que, no final das contas, o aluno é o fator determinante no processo. 

     Como diz o provérbio americano: "É possível levar o cavalo à água, mas não se pode obrigá-lo a beber”. É necessário, naturalmente, dar aos alunos a chance de despenderem tempo com os estudos. Além disso, é necessário fornecer aos estudantes oportunidades concretas de aprenderem: materiais de estudo e livros atraentes e convidativos, por exemplo. O que nos leva automaticamente aos responsáveis pela oferta destas oportunidades de aprendizagem. Só investindo devidamente na educação de nossas crianças poderemos ter cidadãos críticos, participativos e transformadores da nossa sociedade.



Momento lúdico na sala de aula.

"A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria".
Paulo Freire

Plano de formação para professores

Descrição: Descrição: Descrição: http://4.bp.blogspot.com/_aEAiUY1-IL8/SxWUJkoC16I/AAAAAAAAAGI/YJYEYbeBTAY/s320/logoFtc.jpg

Atividade Teórico Prática
Plano de Formação

CURSO

Pedagogia

Circuito

11

Período


Polo Presencial

Andaraí- Bahia

Aluno
Ina dos Santos Silva; Luci Oliveira Brito dos Santos; Maria Antonina Lopes Macedo; Robélia de Oliveira Santos; Silmara Oliveira Silva Santos; Valdecí Pereira Sousa


Tutor

Isa Dourado Neto de Abreu Bacelar

Disciplina

Tópicos Especiais na Educação III

Gestor(a) da disciplina


Profª Maria Luiza Ferreira dos Santos
Tema da formação

Leitura com autonomia – Produção textual – Interpretação de textos

Objetivos da Formação
Geral: Entender o processo de aprendizagem da leitura e da escrita como um processo complexo e contínuo de construção de competências para a participação efetiva nas práticas sociais de leitura. Articulando através de  estratégias formativas a construção de um dispositivo de formação que ajude o docente a superar os desafios de ordem didática, favorecendo a aprendizagem das crianças e adolescentes, valorizando o professor como ser reflexivo beneficiando a ampliação de sua prática docente.
Específicos:
*Compreender a construção das hipóteses de leitura dos alunos a partir das condições didáticas oferecidas.
*Compreender a importância das estratégias de leitura para planejar boas situações de ensino de leitura pelo aluno na alfabetização inicial.
*Ressignificar as aulas de leitura pelo aluno, compreendendo a necessidade de se oferecer boas condições e intervir de maneira que as crianças possam avançar significativamente em sua hipótese de leitura.
*Compreender a leitura como processo de interação entre o texto e o leitor.
*Compreender que para o leitor receber as informações de um texto, ele necessita apropriar-se de estratégias que fomentem esta compreensão permitindo ao mesmo situar-se como leitor aparelhado diante da leitura e levando-o a assumir um papel ativo perante ela, possibilitando-lhe construir uma interpretação possível do texto como fornecer suporte para que o mesmo resolva os problemas que aparecem no decorrer de uma atividade de leitura.
*Analisar bons modelos de situações de leitura analisando as condições didáticas oferecidas pela docente a fim de gerar aprendizado por parte do alunado.
*Analisar a produção textual de um estudante da rede do final do ano de 2011, a fim de observar quais as maiores fragilidades que os estudantes apresentam ao produzirem um texto literário;
*Analisar dois textos narrativos para saber como se dá a organização textual e os recursos da narrativa ficcional;
*Ressignificar a etapa de planejamento da produção de texto, cuidando para que alguns aspectos que ainda não são assegurados na etapa de planejamento possam seguir sendo fortalecidas nas nossas classes.
* Aprofundar o olhar do grupo sobre as condições envolvidas na produção textual: a ordem dos acontecimentos em uma história;
 *Compreender que para situar adequadamente os acontecimentos no tempo dentro da produção escrita, é preciso trabalhar e aprimorar esta competência desde os primeiros anos do Ensino Fundamental;
 *Compreender que abordar o tema dos marcadores temporais em diferentes etapas do trabalho (planejamento, escrita e revisão), ajuda a organizar o discurso e colabora para o aperfeiçoamento da escrita, evitando que ocorra uma série de equívocos.

Conteúdos
Conceituais: textos para estudo - Estratégias de leitura (Isabel Solé); Vídeo: Caminhos para ler o mundo. (Tvescola); A autonomia do leitor: uma análise didática – Délia Lerner; A Revisão Textual na Sala de Aula: Reflexões e Possibilidades de Ensino – Ana Carolina Perrusi Brandão; Vídeo: Ler e escrever - Ensinar a produzir textos.
Procedimentais: Análise de resultados de diagnósticos de leitura; Estudo de textos; Análise de produções de alunos;
Atitudinais: Trabalhos coletivos, em pequenos grupos; Socialização de reflexões.
















rocedimentos metodológicos
1ª formação: Leitura
Apresentação da pauta e objetivos da formação.
*Apresentação de uma banca de livros. A formadora apresentará a banca, a diversidade de gêneros e solicitará que cada participante da oficina se dirija até a banca e escolha um livro ou outro tipo de veículo de leitura disponível, pensando no propósito com que leria o tipo de leitura escolhida. Num dado momento cada um explicitará seus motivos.
*Levantamento dos conhecimentos prévios (construídos nas formações anteriores e nas ACS)
- Dividir a turma em dois grupos: CICLO I E CICLO II.
Entregar um pedaço considerável de papel metro para cada grupo, onde eles registrarão suas reflexões acerca da consigna lançada.
Lançar consigna para o grupo:
 Consignas:
- O que o professor precisa saber para ensinar os alunos a ler?
- O que o professor precisa saber para planejar boas situações de ensino de leitura pelo aluno na alfabetização inicial (CICLO I)
- O que o professor precisa saber para planejar boas situações de ensino de leitura pelo aluno no segundo ciclo?
- Como ajudar as crianças a lerem com maior sentido e autonomia? (CICLO I)
Socialização oral com a apresentação de cada grupo (a formadora deve anotar todas as reflexões feitas pelos docentes);
Estudo de texto: Estratégias de leitura (Isabel Solé)
- Dividir a turma em cinco grupos.
- entregar o texto para os presentes e informá-los sobre o que corresponderia a cada grupo, ler e analisar para posteriormente socializar com os demais.
- assinalar o que for relevante para a formação e contribuição com o tema em questão.
- socialização do conteúdo pelos grupos e apresentação dos slides preparados pela formadora. (seguir o planejado no slide)
-encerrar a discussão com uma reflexão sobre a importância da leitura.
Tematização de vídeo: Caminhos para ler o mundo. (Tvescola)
Com a turma ainda dividida em grupo:
- Entregar aos professores tabela contendo: Condições didáticas / Intervenções do professor.
- Pedir que ao assistir o vídeo, façam a análise conforme os tópicos da tabela, anotando os pontos relevantes.
- Exibição do vídeo: Caminhos para Ler o mundo.
- Socializar as reflexões, pedindo que os grupos complementem as colocações ditas na orientação didática 2.



2ª Formação: Leitura
*Apresentação da pauta da formação.
*Formação leitora – Apresentar uma banca de livros contendo materiais que podem ser utilizado em uma aula de leitura com autonomia pelas crianças. Neste momento comentar sobre a importância da leitura na vida do educador.
 *Leitura compartilhada pelo formador: A vingança da porta de Fernando Sabino. (apresentação do livro, autor, critério de escolha, desenvolvimento da leitura de acordo com as orientações de leitura em voz alta pelo professor).
*Análise dos resultados do diagnóstico de leitura com autonomia (grupo piloto – 4ª séries e provinha Brasil/2011).
 Apresentar os quadros contendo os resultados obtidos pelas três turmas de 4ª série de 2011 com o intuito de favorecer a reflexão acerca das fragilidades ainda existentes neste âmbito de ensino concernentes às práticas de leitura com autonomia. Mostrar também um quadro comparativo de habilidades leitoras e o resultado da tabulação da provinha Brasil mobilizando também os professores do ciclo I.
 - Lançar consignas:
*Com base na análise destes dados, o que vocês supõem que pode ter impactado nestes resultados?
*E como podemos intervir de modo a oferecer suportes para que os discentes consigam avançar na sua proficiência leitora?
*O formador deverá auxiliar os professores no momento da análise ajudando-os a observar e concluir que estes resultados são evidências claras de uma fragilidade no ensino de habilidades necessárias à leitura com autonomia que ainda se encontra em nossas classes. Que ainda é preciso rever nossos planos de ensino, nossas rotinas semanais, planos de aula a fim de observar como este aspecto está garantido nestes documentos e na prática.
*É importante que todas as considerações feitas sejam registradas para futuras ações e intervenções.
*Estudo de texto – A autonomia do leitor: uma análise didática – Délia Lerner.
*Propor uma leitura coletiva do texto de Délia Lerner observando os aspectos relevantes à discussão em questão e que possam subsidiar a prática docente quanto à temática.
*A proposta é que à medida que se for lendo o texto os participantes vão parando e dando suas contribuições acerca do que foi lido e tirando as dúvidas quando estas surgirem.
*O formador deverá anotar tudo que for relevante à prática.
Análise de um projeto centrado na leitura “As aventuras de Gulliver” com a intenção de produzir uma nova aventura pelas crianças.
 *Dividir a turma em dois grupos (ciclo I e ciclo II) para análise do material.
 *Solicitar que leiam o projeto identificando as condições didáticas apresentadas pelo material que possam subsidiar o professor quanto à formação da autonomia leitora das crianças.
 *Socialização das conclusões dos grupos.
 *Apresentar na tela de projeção as avaliações diagnósticas de leitura com autonomia (ICEP) com o intuito que os professores percebam quais investimentos ainda se fazem necessários serem feitos quando se refere à leitura com autonomia.
*Acionando as aprendizagens.
 *Elaboração de um plano de aula de leitura com autonomia que contemplem as necessidades e especificidades de cada ciclo.
 *O grupo deve está organizado por ciclos. O formador auxiliará os grupos nas reflexões que são necessárias no momento do planejamento.
OBS.: Lembrá-los que já existem algumas situações contempladas nas rotinas e planos de ensino que garantam a leitura com autonomia. O que está em jogo é o planejamento da prática garantindo as condições didáticas necessárias a um desenvolvimento da proficiência leitora do aluno.
*O formador orientará na elaboração do plano intervindo sempre que necessário com as contribuições fornecidas pelo texto à medida que os docentes deixarem passar despercebidas.


3ª Formação: Produção textual
* Leitura compartilhada: A Lenda Chinesa de autor desconhecido.
*Análise de duas Produções Textuais de alunos da Rede;
- Antes de realizar esta etapa de trabalho a formadora seguirá com a apresentação de alguns slides contendo alguns recortes importantes sobre produção como: o que é produção de texto? Por que ensinar os alunos a produzirem textos? O que ensinar na produção de textos? O objetivo é estabelecer um paralelo acerca do que sabem os professores e daquilo que precisa ser ressignificado na prática docente de modo que sigam auxiliando seus alunos.
- Informar os professores que faremos uma análise de duas produções de texto escrita por um aluno do 2º ano e outro do 4ºano, retirados do diagnóstico de produção textual do final de 2011 e o outro do início do ano de 2012;
- Organizar os professores em quatro grupos com três componentes cada;
-Informá-los que essa análise tem como objetivo olharmos mais de perto como estão nossas crianças no que diz respeito à produção de texto literário. Quais fragilidades que elas encontram? E quais investimentos precisam ser feitos para contribuirmos para mudarmos essa realidade e colocarmos os estudantes no papel de escritores competentes?
- Quais conteúdos no que se refere ao discurso, merecem ser aprofundado pelos professores?
- Abrir um momento de socialização das respostas dos grupos;
- Durante a socialização a formadora apresentará a digitalização das produções analisadas para que todo o grupo possa participar do que os subgrupos apresentarem.
- Após a análise dos resultados, lançar mão do seguinte questionamento:
*Que dificuldades são enfrentadas na organização do trabalho de produção textual na escola em que trabalham?
- Anotar as respostas dos professores.
*A organização textual e os recursos da narrativa ficcional
- Informar aos professores que iremos analisar dois textos que são muito frequentes nos planos de ensino de Língua Portuguesa para Produção de Texto;
- Apresentar os textos “A Cigarra e a Formiga” e o conto “João e Maria” em cópia impressa;
- Distribuir a cópia dos mesmos para leitura e análise em dois grupos;
- Solicitar que se reúnam em grupo para analisar o texto considerando as seguintes questões: Grupo I – A Cigarra e a Formiga
*O que nos leva a considerar esse texto uma narrativa?
*Quem conta a história é um narrador que também é personagem ou um narrador que apenas conta os fatos? Justificar com passagens do texto.
*Os fatos são narrados numa sequência lógica? O texto traz primeiramente uma orientação ao leitor sobre o que se passa, onde, com quem? Ocorre uma complicação no texto? No final, as coisas se resolvem? Justifique.
*Na opinião do grupo, com que finalidade o narrador conta essa história?  A que tipo de leitor o texto se destina?
*Identifiquem os elementos constitutivos da narrativa ficcional:
Quadro 1
O narrador e o foco narrativo

O enredo

A organização temporal

Os personagens

O espaço

Grupo II – João e Maria
Quadro 2 - enredo
Ambientação (orientação)

Conteúdo precipitador (complicação)

Clímax

Desfecho (resolução)

*Como os personagens são construídos pelo narrador? Os traços físicos são apresentados ou apenas apresenta seu comportamento? Justifique.
*Observem no texto as expressões que marcam a passagem do tempo. Quais são essas expressões? O que indicam?
*Que expressões no texto marcam ‘lugar’? Há movimentação na cena, mudança de espaço? Como é possível chegar a essa conclusão?
- Fechar esse momento dizendo sobre a importância de analisar junto com os alunos textos bem escrito, para que ao produzirem os alunos não esqueçam esses aspectos que não devem ficar de fora das suas produções.
OBS.: Neste momento a formadora trará alguns recortes acerca de aspectos que precisam ser considerados dentro desta temática como os aspectos discursivos e notacionais. Reforçando ainda mais o que fora analisado nas produções das crianças e na análise dos bons modelos.
*Práticas avaliativas em produção textual
- Lançar o seguinte questionamento:
       Como estão sendo avaliadas as aprendizagens dos estudantes relativas à PRODUÇÃO DE TEXTO?
- Anotar as reflexões realizadas pelos professores.
- Apresentar os slides com alguns recortes trazendo à discussão reflexões acerca da avaliação no âmbito da produção textual.
- Diante do que for exposto ampliar ainda mais esta discussão solicitando dos professores o que eles já sabem e o que ainda constitui um desafio neste aspecto do trabalho pedagógico.
- Analisar alguns instrumentos avaliativos que podem ser utilizados como um suporte para ajudar tanto o professor como o aluno. No âmbito docente como um veículo de obter informações acerca do que está se ensinando e daquilo que precisa ser ensinado e como fazer isso. E para os alunos no aspecto de garantir a progressão de aprendizado.

4ª Formação: Produção textual
*Apresentar a pauta formativa, assim como seus objetivos.
- Em seguida apresentar o texto selecionado para a leitura compartilhada.
*Revisão de produções dos alunos pelos professores.
- Dividir a turma em três grupos para análise de um material.
- Em seguida, entregar para cada grupo uma produção de um aluno afim de que analisem e sugiram os aspectos que são necessários serem revisados. Ato contínuo, os professores serão convidados a sugerir como encaminhariam este momento de revisão na sala de aula e quais direcionamentos fariam. 
- Este movimento sugere um meio de direcionamento de revisão que é necessário e importante ser feito nas salas de aula. Quando o aluno revisa um escrito de outro colega, ele recebe a responsabilidade de ajustar de forma consciente esta produção, sugerindo alterações baseadas no que aprendeu.
- Posteriormente, apresentação dos encaminhamentos das revisões propostas pelos professores. Neste momento, a formadora apresentar fundamentação teórica acerca da questão apresentada. Aporte do livro “Narra por escrito do ponto de vista de um personagem” e “Avaliação autentica” de Mabel e Alejandra Medina.
*Mantendo a mesma formação da etapa anterior, propor o estudo do texto “A Revisão Textual na Sala de Aula: Reflexões e Possibilidades de Ensino – Ana Carolina Perrusi Brandão”. Propor que cada grupo fique com um trecho da leitura (totalizando três partes) para não cansar os docentes. No momento da socialização dos grupos, o formador deve apresentar considerações pertinentes e que não forem sinalizadas pelos professores.
*Assistir ao vídeo “Ler e escrever - Ensinar a produzir textos”. Solicitando que identifiquem: Quais conteúdos de produção de textos estão sendo ensinados aos alunos? Quais condições didáticas a professora oferece para que os alunos aprendam a revisar seus textos? Quais intervenções realiza?
- Socialização das anotações pelos professores.
- Após os estudos já realizados propor ao grupo que construam um documento critérios acerca da etapa de revisão textual. Que critérios devem ser considerados no momento da revisão textual, de modo a auxiliar o aluno a adquirir conhecimento?
- Espera-se que percebam as condições básicas que devem ser oferecidas no momento da revisão. Os direcionamentos necessários: trabalhos em grupos, duplas, individual, coletivo...
*Entregar a ficha de avaliação aos professores e solicitar que no espaço ‘Pontos significativos e pontos que necessitam serem revistos’ que os professores assinalem o que aprenderam e que foi significativo e àqueles que precisam ser revistos por falta de entendimento claro do assunto. Logo após, a frequência da formação.

5ª Formação: Produção textual -         Condições envolvidas na produção textual: a ordem dos acontecimentos em uma história.
*Análise e identificação do ontem, o hoje e o amanhã nos textos dos alunos.
- Dividir o grupo de professores.
-Entregar aos professores produções dos alunos da rede - Ciclo I (3º ano) e Ciclo II (5º ano);
- Pedir que os grupos façam a análise das produções, a partir das seguintes consignas:
Identifique nas produções:
 1-“O que aconteceu primeiro e que sequência de fatos veio depois?”
 2- “Quais palavras ou expressões mostram que o tempo está passando?”
 3- “A história acontece somente ao longo de um dia?”
 4- “Se sim, como podemos saber?”
 5- “Se não, que período ela abrange e como descobrimos essa informação?”
- Socializar as análises pelos grupos.
-Apresentar ao grupo um breve resumo via slide dos chamados “marcadores temporais”, suas classes e funções sintáticas ressaltando sua relevância na busca de textos mais coesos e recheados de termos apropriados para transmitir informações sobre o tempo das coisas. Trazer para o grupo a reflexão em que nível nossas crianças estão e quais os nossos desafios, principalmente no que se refere à garantia do trabalho com produção escrita – marcadores temporais – desde as séries iniciais do ensino fundamental.
*Leitura e Análise de obras de autores experientes (literários e informativos) e organização das informações colhidas; 50’ min.
- Dividir o grupo de professores.
a) Entregar ao grupo do Ciclo I, os seguintes contos: 1- Branca de Neve; 2- João e Maria; 3- Os sete cabritinhos;
b) Entregar ao grupo do ciclo II cópia de enciclopédia e livros que contem a história do Egito antigo;
- Pedir aos grupos para destacar os marcadores temporais encontrados nos textos, seguindo os seguintes critérios:
G1 – Confecção de um quadro com os marcadores encontrados;
G2 – Registro de um pequeno roteiro com os principais eventos apresentados no texto;
G1 e G2: Comparar como diferentes autores abordam o passado, o presente e o futuro;
G3 e G4 – Grifar trechos que revelam informações sobre a passagem do tempo;
G3 e G4 – Comparar como diferentes autores abordam o passado, o presente e o futuro;
- Passar pelos grupos fazendo intervenções que auxiliem os mesmos à identificarem os aspectos acima citados;
-Para finalizar entregar a cada professor um quadro digitado com exemplos de boas estratégias para destacar e identificar os marcadores temporais utilizados por autores experientes.
*Ter em mente um leitor presumido: definição de planejamento do texto. 
- Dividir o grupo de professores:
G1- Ciclo I:
G2- Ciclo II:
- Pedir aos professores do ciclo I que retomem as produções dos alunos avaliados no 3º ano (1º semestre);
- Pedir aos professores do Ciclo II que retomem as produções dos alunos avaliados no 5º ano (1º semestre);
- Trazer para o grupo a seguinte questão: “Uma etapa anterior á produção escrita, é a do planejamento das informações e de como será a evolução dos acontecimentos. Nesse momento, você deve ajudar seus alunos a pensarem não apenas no que irá escrever e em quais serão os personagens e lugares da história, mas também no tempo em que ela se desdobrará”.
- Entregar a cada grupo o livro com a história de João e Maria;
- Pedir aos professores que após análise das produções, fazer a leitura da história de João e Maria, utilizando o portador real com versões diferentes;
- Após a leitura das histórias, solicitar aos professores que retomem as suas conclusões da O.D. 2, a fim de retomarmos as fragilidades apontadas nas análises das produções dos alunos da rede, a partir das consignas ali citadas;
- Propor a seguir a seguinte tarefa:
“A fim de apoiar os alunos que foram avaliados no 3º ano e 5º ano, ajude os mesmos na organização do planejamento do que será escrito na hora de textualizar suas escritas, propondo alguns pontos a serem discutidos e garantidos ao planejar, no que se refere aos marcadores temporais:
 -Pedir aos professores que pensem em como deve ajudar a turma a pensar quais pontos deverão aparecer, que garanta em suas narrativas em que tempo elas se desdobrarão;
 -Pedir aos professores que voltem as suas conclusões da O.D. 2, como também a análise de como os autores experientes utilizam os marcadores temporais em suas escritas, a fim de elaborarem questões norteadoras que irão auxiliar os alunos em seu planejamento.
 -Entregar para os grupos cópia do roteiro da pág. 64/65 da revista Nova Escola – edição nº 253 – Junho/Julho 2012 “O ontem, o hoje e o amanhã nos textos das crianças”, a fim de apoiá-los na realização da tarefa acima. 
- Pedir aos grupos que apresentem as questões que planejaram como pontos importantes que devem ser garantidos, a fim de auxiliar os alunos a planejarem melhor suas escritas.
Recursos
Impressões dos textos para estudo; data show; notebook; slides das formações; produções de alunos; vídeos; caixas de som, etc.

Avaliação
Este plano de formação para os professores deverá ocorrer durante o ano todo, e por sua vez possibilitará verificar o que está dando certo e rever os aspectos negativos e fazer melhorias. Constitui-se em um documento de suma importância, pois oferece condições de formação aos professores atuantes em suas práticas em sala de aula.
Espera-se que estas formações possam oferecer suporte ao docente, tornando - o apto e suficientemente capaz de superar os desafios existentes na prática docente. Que este possa atuar de forma plena, satisfatória e consciente, tendo sempre em mente à necessidade constante de atualização, procurando sempre novos meios e recursos para garantir a aprendizagem significativa de seus alunos. Pensando nisso, faz-se imprescindível que nestes encontros sua participação e envolvimento sejam completos de modo que estes possam ampliar seus conhecimentos e habilidades nesta área.






Referências


AZEVEDO, Leandro Villela. Objetivos Procedimentais, Conceituais e Atitudinais. Disponível: http://tecnaula.blogspot.com.br/2011/03/objetivos-procedimentais-conceituais-e.html. Acesso em: 28/08/2012


Os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais em correlação com os eixos temáticos dos PCNS. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/os-conteudos-conceituais-procedimentais-e-atitudinais-em-correlacao-com-os-eixos-tematicos-dos-pcns/3.  Acesso em: 28/08/2012.